Folha de S. Paulo


Operadora dos EUA estimula troca semestral de smartphone com novo plano

A operadora americana T-Mobile lançou ontem um programa que permite que usuários troquem de celular até duas vezes por ano, pagando pelo aparelho o mesmo que seria cobrado de um novo cliente.

Chamado Jump ("apenas atualize meu telefone", na sigla em inglês), o programa inclui um seguro contra roubo e acidentes e custa US$ 10 mensais.

A troca prevê que o celular passado para a frente esteja funcionando e sem marcas graves --como uma tela quebrada. Aparelhos defeituosos também são aceitos, mas é cobrada uma taxa que varia entre US$ 20 e US$ 170.

"Vamos redefinir uma indústria burra, fracassada e arrogante", disse o presidente-executivo da empresa, John Legere, durante o anúncio, realizado na quarta (10).

O período de dois anos a que está habituado o consumidor americano (duração dos contratos com as operadoras), diz a empresa, é muito tempo: "São 730 dias assistindo a novos lançamentos."

Apple, Samsung e outras fabricantes costumam apresentar a nova geração de um celular depois de um ano.

BOM NEGÓCIO?

A T-Mobile vende o iPhone 5 de 16 Gbytes por US$ 146 de entrada e US$ 21 mensais. Isso representa cerca de R$ 615 depois de um semestre e R$ 1.470 após as 24 parcelas.

Isso significa que, caso o próximo celular da Apple custe o mesmo --o que não é improvável--, ter sempre o iPhone mais novo custaria anualmente US$ 518 (cerca de R$ 1.171). O aparelho desbloqueado custa US$ 650.

Já quem costuma esperar mais do que um ano e meio para comprar um telefone novo sairia em desvantagem.

A companhia diz que a maioria dos que compram um novo celular adquire um seguro --que custa aproximadamente o mesmo que aderir ao novo programa, tornando a escolha óbvia.

Com 34 milhões de usuários, a T-Mobile é a quarta maior operadora dos EUA, segundo a empresa Strategy Analytics.


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