Folha de S. Paulo


Resolução Ultra HD e Oled devem marcar as TVs que vêm aí

Três novas tendências de tela devem marcar o mundo das televisões nos próximos anos: o 4K, o Oled e os designs curvados.

A primeira delas recebe esse nome por se tratar de um arredondamento do número de pixels: 3.840 x 2.160. É como se quatro TVs Full HD, que têm resolução de 1.920 pixels x 1.080 pixels, formassem juntas um único aparelho.

ESPECIAL SMART TVS

O maior benefício do formato é que você pode se sentar mais perto da tela sem perceber os pixels, o que resulta em imagens muito definidas, com riqueza de detalhes.

Por conta disso, a CEA (Associação de Eletrônicos de Consumo, em tradução literal) batizou comercialmente, em outubro passado, o 4K. Agora é chamado de Ultra HD (embora a Sony tenha anunciado que manterá "4K").

Para levar o nome, a TV terá que exibir, sem nenhum tipo de conversão, conteúdo com 3.840 pixels x 2.160 pixels de definição e ter pelo menos uma entrada compatível com a resolução.

Outra vantagem do 4K é que com ele é possível construir telas maiores com ótima definição. No ano passado, Sony, LG e Toshiba demonstraram avanços do tipo, com TVs de 84 polegadas.

O Oled é um sistema de iluminação, como o nome indica, primo do LED. Porém, diferentemente do LED, as TVs de Oled não precisam de fontes de luz (como lâmpadas), pois contam com materiais orgânicos que se iluminam ao receber corrente elétrica.

Isso significa que há emissão de luz somente nos pontos coloridos da tela, o que aumenta o brilho e contraste das cores. O preto é realmente preto, pois ele ocupa os pontos sem iluminação. Não há aquele efeito lavado, comum nas TVs de LCD e LED.

O sistema já é usado pela Samsung em smartphones e tablets e é considerado um dos pontos fortes desses produtos. Não é coincidência que a empresa esteja na linha de frente do desenvolvimento do Oled em TVs, junto com a LG.

A LG já deu início às vendas de seus aparelhos de Oled na Coreia do Sul, enquanto a Samsung deve começar no próximo mês.

Outra tendência que tem as concorrentes coreanas na linha de frente são aparelhos com design curvado, que lembram uma folha de papel. O ângulo supostamente melhora a experiência, aumentando a sensação de profundidade. As vendas devem começar no segundo semestre.

PROBLEMAS

No ano passado, a consultoria DisplaySearch publicou um relatório em que afirma que Samsung e LG enfrentaram dificuldades para produzir as telas de Oled em grande escala, o que teria adiado datas de lançamento e aumentado o custo. A LG negou a informação.

Como qualquer nova tecnologia, os preços prometem ser um outro obstáculo para a adoção. A TV de 84 polegadas da Sony, que já está à venda no país, custa R$ 100 mil, enquanto a da LG sai por R$ 45 mil. (bruno romani)


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