O 4G chegou a São Paulo na quinta-feira passada, mas o serviço, oferecido até agora só pela Claro, ainda tem problemas de abrangência.
Em regiões centrais, como a da avenida Paulista, a rede de quarta geração não foi reconhecida pelo smartphone --o aparelho usado para o teste foi Razr HD, da Motorola.
Em outros locais, como no bairro de Pinheiros e na Cidade Universitária, o 4G tampouco estava disponível.
Quando isso acontece, o celular usa a melhor conexão de internet disponível, que pode ser tanto 3G quanto 2G.
Por meio de sua assessoria, a Claro confirmou o problema e o atribuiu à interferência de outras difusões, mas garantiu que o solucionará. O funcionamento pleno da rede deve ser estabelecido gradualmente e "até o fim do ano", diz a empresa.
A cobertura chega a 50% da área do município, segundo a Claro, que diz ter priorizado regiões com maior densidade populacional e concentração de empresas.
VELOCIDADE
Na Santa Cecília, bairro do centro onde o 4G da Claro funcionou, a taxa de download chegou a 13 Mbps, ante 3,6 Mbps de um aparelho equipado com conexão 3G também da operadora.
Na prática, essa diferença poderia reduzir o tempo de uma transferência de um minuto para 17 segundos.
A taxa de upload ficou entre 3,7 Mbps e 4,5 Mbps.
O limite de tráfego (soma dos dados enviados e recebidos por meio da conexão de celular) é de 5 Gbytes mensais, e o preço de R$ 99,90 --mesmo valor cobrado pelo plano 3G da operadora com os mesmos 5 Gbytes.
Em condições ideais (como em local mais próximo da antena), testes feitos pela Claro que puderam ser conferidos pela Folha aferiram taxa de download de 42 Mbps, superior a boa parte das conexões de banda larga residenciais.
A Vivo deve anunciar amanhã a disponibilidade de sua rede 4G em São Paulo. A Anatel definiu que as operadoras devem oferecer a rede de nova geração até amanhã nas seis cidades-sede da Copa das Confederações: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.