Para muitos artistas plásticos, o aproveitamento do vídeo aconteceu quase como uma imposição tecnológica.
"A primeira coisa que eu olho de manhã é uma tela, um vídeo no YouTube ou algo assim. É impossível fugir da linguagem audiovisual", explica Guilherme Peters, 26, autor de uma série de performances gravadas e de trabalhos em vídeo.
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O artista mineiro Cao Guimarães, 48, que navega entre o cinema e as artes visuais em seus trabalhos, encontrou no vídeo uma ferramenta mais barata e acessível que filmadoras e película.
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Para ele, o vídeo permite explorar o audiovisual no espaço, seja em projeções ou videoinstalações em ruas, museus ou galerias de arte.
Peters, que também deriva da matriz cinematográfica ("Minha referência é mais dos filmes que vi do que das obras de arte de que li a respeito"), mas avalia que a vantagem do vídeo é o modelo de circulação que o formato digital permite. "O vídeo aliado à internet tem uma capacidade de acesso gigantesca, chega a muito mais gente."