Folha de S. Paulo


Sustentabilidade precisa estar em toda a cadeia produtiva, dizem empresas

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As empresas devem integrar os padrões de sustentabilidade em toda a sua linha de produção, do fornecedor ao consumidor final. Essa foi a conclusão dos especialistas reunidos para discutir Empresas e Sustentabilidade no Fórum Economia Limpa, que aconteceu nesta segunda-feira (20) e continua na terça-feira (21).

"Essa inteligência de você conseguir fazer o bem e gerar negócio para a sua empresa é como se constrói um futuro sustentável", disse Emiliano Graziano, gerente de Sustentabilidade da Basf na América do Sul, no evento promovido pela Folha, Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) e Novelis.

"O maior desafio é você engajar toda essa cadeia, todos os parceiros no dia a dia", completou Malu Nunes, diretora-executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Para Malu, a incorporação da sustentabilidade como elemento da cadeia de produção passa pelo conceito de ecoeficiência. A ideia é garantir que haja uma produção melhor com menor consumo de recursos e menos impacto ambiental.

Para Graziano, essas ações dariam margem para mudanças concretas na concorrência entre as empresas. "Há um reflexo no mercado, já que os padrões de produção vão aumentando e os concorrentes acabam indo atrás."

Essa preocupação com a fabricação dos produtos chega também à outra ponta, no consumidor final. Segundo Malu Nunes, as pesquisas realizadas pelo Grupo Boticário apontam que 69% dos consumidores levam em conta os atributos de sustentabilidade ao fazer uma compra.

O terceiro participante da mesa, Carlos Medeiros, membro do Conselho Diretor da Abralatas, destacou o papel das políticas públicas. Medeiros argumenta que quando um produto é mais barato, porém pouco sustentável, acaba trazendo de volta um ônus ao consumidor. "Um tratamento tributário diferenciado permitiria fazer a distinção de produtos que cumprem as metas ambientais."


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