A redução de impostos sobre medicamentos como forma de ampliar o acesso da população aos tratamentos foi defendida nesta terça (12), segundo dia do 2º Fórum da Saúde do Brasil, promovido pela Folha.
O deputado federal Walter Ihoshi (PSD) sugeriu que a tributação dos remédios no país fosse equivalente à de produtos da cesta básica, para que mais pessoas possam comprar e para viabilizar um sistema de reembolso na compra de medicamentos.
| Jorge Araujo/Folhapress | ||
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| José Miguel, do Farmácia Popular (esq.), Walter Ihoshi, deputado federal, e a jornalista Cláudia Collucci |
Segundo José Miguel do Nascimento Jr., o Programa Farmácia Popular, do qual é diretor, já solicitou ao Ministério da Fazenda a desoneração dos remédios que entram no programa, mas os pedidos não foram aceitos.
"Todos os governos têm medo de perder arrecadação", disse Ihoshi, acrescentando que experiências mostram ao contrário. "Sem os tributos, o consumo aumenta e, em consequência, a arrecadação também", afirmou.
Nascimento apontou outros fatores que dificultam o acesso aos remédios. "A prioridade do Farmácia Popular é chegar a todos os municípios que estão no mapa do 'Brasil sem Miséria', mas muitos deles não têm nem uma farmácia privada para se associar ao programa."
A incorporação de novas drogas não é ainda prioridade do programa, disse Nascimento, em reposta à pergunta sobre o tema feita pela jornalista Claudia Collucci, mediadora do debate.