Folha de S. Paulo


Sustentabilidade teria prioridade em seu governo com Campos, diz Marina

A ex-senadora Marina Silva, atual candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos (PSB), disse, na manhã desta terça-feira (3), que a prioridade na agenda ambiental de seu eventual governo deve ser mudar o modelo de desenvolvimento econômico do país para que isso possa ser aliado à sustentabilidade do meio ambiente.

"Mas isso não é mágica. É um objetivo que tem que estar presente em todos os setores do governo. Não é tarefa de um partido. É corrida de quatro por quatro. Quem pegar bastão tem de fazer sua parte", avaliou.

Silva abriu, no auditório do MIS, o segundo dia do Fórum Sustentabilidade –terceiro seminário da série promovida pela Folha para discutir o cotidiano dos brasileiros.

Para Silva, pensar energia limpa e diversificada significa um investimento de longo prazo. Ela afirma que isso pode ser conseguido com recursos destinados à tecnologia e à inovação.

"Não é razoável que tenhamos um programa para dar conta dos graves gargalos de infraestrutura do nosso país e não se é capaz de destinar do Orçamento alguns tostões para fortalecer a estrutura de licenciamento, por exemplo", destacou.

Ela aproveitou o evento também para afagar o candidato tucano ao Palácio do Planalto, Aécio Neves, e criticar a presidente Dilma (PT). Ela diz ter ficado "feliz" quando ele convocou ambientalistas para construir seu programa de governo e espera que Dilma também faça o mesmo.

HISTÓRIA

A candidata fez ainda um balanço das crises por que o mundo passou em sua história e as comparou com as crises enfrentadas atualmente. Na avaliação dela, temos uma vantagem sobre sociedades que colapsaram anteriormente, porque hoje há uma consciência maior da necessidade de mudanças.

"O que queremos ser? Essa é a questão. O que queremos ser como raça humana, na relação com os outros. Isso nos ajuda a ressignificar a experiência passada e construir outra coisa."


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