Folha de S. Paulo


Senadora Kátia Abreu defende agronegócio sustentável em palestra

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) falou nesta segunda-feira (02) durante o Fórum de Sustentabilidade organizado pela Folha dos desafios do Brasil após a aprovação do novo Código Florestal.

A senadora afirmou que os empresários do agronegócio não são os grandes vilões do desmatamento.

Segundo Abreu, o agronegócio representa 22,46% do PIB nacional, emprega 38% da população com carteira assinada e exporta 41% do que produz.

A senadora também salientou que a produtividade da agricultura brasileira aumentou 178% sem que o desmatamento aumentasse no país. "Mesmo sem saber, criamos uma poupança verde", afirmou durante a apresentação.

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Desmatamento em 2013

Logo após a aprovação do Código Florestal em 2012, os brasileiros viram o índice de desmatamento aumentar significativamente em 2013.

Segundo o ambientalista João Paulo Capobianco, que falou após a senadora, o novo código deixa a desejar quando o assunto é punição.

"A crítica ao código é por ele não punir quem já fez errado. Quando ele foi anunciado, achamos que aquele vizinho que nunca cumpriu a lei, seria penalizado, mas isso não aconteceu", disse durante o evento.

Segundo os dados mostrados, da meta de redução firmada em 2005, até 2020 o Brasil quer reduzir em 80% o desmatamento. "Estamos tranquilos, porque já cumprimos a nossa meta em sete anos, quando o desmatamento chegou a 88% menos", afirmou Katia Abreu.

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Aumento da produção

A FAO, organização ligada à ONU responsável por assuntos relacionados à comida e à agricultura, traçou para o país uma meta de aumento de 40% da produção para garantir segurança alimentar.

Mas como fazer isso sem desmatar? Segundo a senadora, o segredo está no investimento para os pequenos produtores rurais.

O gráfico apresentado na palestra mostra que embora tenhamos 70% das áreas agrícolas nas mãos das classes D e E, o resultado da produção destas áreas é muito baixo, apenas 7,6%.

Por isso, o investimento nessas famílias é tão importante, pois elas já possuem o local de plantio, mas faltam dinheiro e educação, disse a senadora.


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