Quem gosta de foie gras pode estar com os dias contados para degustar o ingrediente --pelo menos por aqui, em São Paulo, se o projeto de lei do vereador Laércio Benko (PHS) for aprovado. A intenção do parlamentar é proibir a produção e a venda do produto na cidade.
Casos similares acontecem na Califórnia, onde o foie gras é proibido, e na Inglaterra, país que veta sua produção (a importação, porém, é permitida).
A razão para a campanha é a crueldade a que os animais (patos e gansos) são submetidos na obtenção do item culinário. Foie gras, em francês, quer dizer fígado gorduroso. É produzido por meio da "gavage", técnica na qual as aves são alimentadas à força com a introdução de um tubo na garganta, por onde passa a ração.
Para Benko, não há motivos para a produção da iguaria, já que ela não agrega benefícios à saúde. Trata-se "de um simples aperitivo das classes abastadas", justificou no projeto.
Chefs de cozinha discordam, como Renato Carioni, do Così, que criou em protesto um menu (já fora de cartaz) dedicado à iguaria. "A gavage não é uma técnica gentil com a ave, é verdade, mas também não é toda essa crueldade que se prega. Falta muita informação", afirma Carioni.
Ainda em trâmite, o projeto foi aprovado na primeira votação. Precisa passar por uma segunda assembleia em plenário para, então, seguir para a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT). A decisão deve sair no ano que vem.
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CASAS QUE SERVEM O "FÍGADO GORDO":
Um roteiro com um bar e oito restaurantes que listam o foie gras em suas receitas
AIZOMÊ
O chef japonês Shin Koike prepara cubinhos de foie gras ao vinho do Porto e molho tarê, que incrementam o prato de codorna desossada e cogumelos. Faz parte do menu-degustação (R$ 190).
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TWELVE BISTRO
No menu de hambúrgueres do chef Greigor Casley também há fígado gordo de pato. O sanduíche (R$ 55) combina o disco de carne, foie gras e cebolas caramelizadas no balsâmico.
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COSÌ
Criou outrora um menu dedicado ao ingrediente em protesto contra o projeto de lei. O cardápio permanente lista o canelone de pato com foie gras e molho de beterraba agridoce (R$ 75).
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BRASSERIE ERICK JACQUIN
Nesta estrelada casa, o foie gras aparece no menu-degustação (R$ 245). É servido quente com uma fruta caramelizada.
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BAR NÚMERO
É um bar, mas tem cozinha de bistrô. No menu, o steak tartar, servido com foie gras e torrada de miga (R$ 95), divide espaço com outras pratos, que passam longe das comidinhas de boteco.
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ELLA.
Neste novo italiano de Pinheiros, peça pelo tortelli de beterraba com ricota de búfala (R$ 38). O prato vem com pedacinhos de foie gras. Pesque-os!
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CLOS DE TAPAS
A "cenoura" da chef Ligia Karasawa é, na verdade, um creme de foie gras (R$ 39), servido como entrada com brioche de especiarias.
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FELIX BISTROT
Escalope de foie gras e pera ao vinho do Porto compõem um dos pratos da casa, que é oferecido nas versões petit (R$ 74) e grande (R$ 104).
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JAM - JAPANESE FOOD, ART & MUSIC
Neste japonês, ele aparece sobre o atum selado com caramelo (R$ 27) e, pasme, no molho que cobre o salmão maçaricado (R$ 48).
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