A chinesa Ruyan se autoproclama a inventora do cigarro eletrônico. Em seu site, informa ter registrado a patente da invenção em 2003. De lá para cá, a empresa diz ter vendido mais de 1 milhão de unidades no mundo.
Saiba mais sobre o surgimento do cigarro comum e da sua nova versão.
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UMA BREVE HISTÓRIA DO FUMO
1492. Quando Cristovão Colombo chega à América, índios já fumavam tabaco no continente em cerimônias religiosas. Sementes de tabaco são levadas para a Espanha
1557. O frances André Thevet relata que índios enrolam fumo seco numa folha de palmeira
1635. No livro "Historia Naturae", o jesuíta Juan Eusebio Nieremberg y Ottin (1595-1658) diz que o tabaco estava sendo enrolado em papel nas colônias espanholas na América
1760. O médico londrino John Hill associa tumores no nariz ao consumo de rapé (tabaco em pó para ser cheirado). Esse é um dos registros mais antigos da associação entre fumo e câncer
1880. Patenteada a máquina de enrolar cigarros, invenção de americano James Bonsack. Inicia-se uma revolução na indústria
1869. Tese defendida na Faculdade de Medicina do Rio diz que "[...] o uso do tabaco não satisfaz necessidade natural alguma, [...] é um hábito em geral inútil"
1914. O "pequeno diabo branco", apelido que ganhara de opositores, é distribuido a soldados na Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
1920. Médicos Herbert L. Lombard e Carl B. Doering revelam que fumantes inveterados têm mais propensão a morrer de câncer do que não-fumantes
1939. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) transforma o cigarro em produto mundial
1942. Em "Casablanca", (1942), Humphrey Bogart eterniza o fumante durão, sexy e charmoso, que segura o cigarro com o polegar e o indicador e o fuma no canto da boca
1950. O médico Ernst Wynder aplica alcatrão destilado em 86 ratos. Dos 62 sobreviventes, 58% desenvolvem câncer
1971. Comerciais de cigarro são banidos da TV americana
1992. Morre aos 51 anos Wayne McLaren, um dos intérpretes do "homem de Marlboro". Causa: câncer no pulmão
2000. No Brasil, é proibida a propaganda e o patrocínio de marcas a eventos culturais e esportivos, a exemplo do Free Jazz e da Fórmula 1
2002. Maços de cigarro no Brasil ganham as imagens sobre os malefícios decorrentes do consumo do produto, como impotência sexual
2003. A empresa chinesa Ruyan anuncia a invenção do cigarro eletrônico
2004. Irlanda e Noruega são os primeiros países a vetarem o fumo em locais fechados. Em 2005, Itália e Espanha. Depois, Uruguai, França e Inglaterra. Uma cidade californiana havia sido a primeira a vetar nos EUA, em 1990
2009. Lei antifumo proíbe fumar em ambientes de uso coletivo no Estado de SP. A Anvisa proíbe a comercialização do cigarro eletrônico (mas não o consumo)
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Fontes: "Folha Explica o Cigarro", livro de Mario Cesar Carvalho; "Nicotina, Droga Universal", livro de José Rosemberg; Ruyan (empresa chinesa) e Anvisa