A relações-públicas Loriane Moscatelli, 24, mora na Saúde (zona sul), mas volta e meia leva sua cadelinha pug para passear a 12 km de distância, no Pátio Higienópolis, no centro.
"Essa raça tem muitos problemas respiratórios, não pode ficar muito tempo exposta ao sol. Num dia quente, é bem melhor levá-la para um lugar fresquinho, como um shopping", diz.
Escolheu um dos estabelecimentos mais amigáveis aos pets paulistanos.
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Diversão de paulista é shopping
No Higienópolis, fora cães de guarda sem focinheira (como Pitbull e Rottweiler), bichos têm passe livre para circular, exceto em praça de alimentação e elevadores --existe um específico para pets. Há o Dog's Bar (bebedouro para animais) e sacos coletores, caso o bicho faça sujeira nos corredores.
Facilidades ajudam a aumentar o vaivém dos animais nos shoppings. "Às vezes preciso comprar uma coisinha ou resolver algo na operadora de celular. Aproveito e trago os cachorros para darem uma volta", afirma a consultora de negócios Patrícia Timoner, 47.
Dos 39 centros de compras analisados pela sãopaulo, 35 aceitam bichos em suas dependências. A maioria só admite cães e gatos de pequeno porte (até 40 cm de altura) e pede que usem coleira ou sejam carregados no colo.
O sinal fecha para o trânsito na praça de alimentação --quase nenhum shopping permite. O Cidade Jardim (zona sul) é o mais liberal. Lá, no restaurante Rive Gauche, há mesas num pequeno jardim onde pets de qualquer tamanho podem ficar à vontade.
Há quem torça o nariz para tanto focinho na área gastronômica. Como a advogada Karina Bittar, 26. "Não tenho problema com eles nos corredores, mas lugar de refeição não é para animal. [O dono] precisa lembrar que está dividindo o espaço com outras pessoas."
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NÃO DEU PRA SEGURAR
Controlar a vontade do animal fazer xixi e cocô é um problema para os donos. Mateus Tavares, 26, consultor de vendas da Miu Miu do Cidade Jardim, conta já ter visto cães urinarem na frente da butique mais de uma vez. "Tem um cesto de lixo de madeira que já virou poste. Os cães descem da escada rolante e vão direto. É desagradável."
A bicharada costuma ser liberada dentro das lojas. Daniel de Souza, 27, consultor de vendas da Tory Burch do Pátio Higienópolis, afirma que espécies de grande porte não costumam entrar. "Ficam do lado de fora com o marido. Os que entram são tão quietinhos e bonitinhos que a gente até gosta."
MANUAL DE BOAS MANEIRAS
Em escadas rolantes, leve o bicho no colo --ele pode quebrar a unha ou a pata.
Se o animal for bravo ou estressado --late muito ou rosna, por exemplo--, melhor deixar em casa.
Use coleira (alguns shoppings exigem o apetrecho até para gatos). Para quem não é fã de bichos, é chato senti-los enroscando nas pernas.
Se a mascote fizer xixi ou cocô em área inapropriada, chame o segurança para que ele acione a limpeza.
Nas paradas, acomode seu animal sobre tapetes sanitários, que são absorventes.