Folha de S. Paulo


Aumento do interesse em habitar a República atrai novos prédios para a região

Recuperar o centro é um sonho dos paulistanos e uma promessa de sucessivos governos municipais. Tal renascimento, porém, depende também da chegada de novos moradores à área, farta em emprego e comércio, mas um deserto nos finais de semana.

A volta do interesse da população em habitar a República, no entanto, já está em pleno vigor, o que vem atraindo uma série de lançamentos imobiliários.

De 1980 a 2000, com a migração do setor financeiro da cidade do centro para a Paulista, e, depois, para Faria Lima e Berrini, o centro perdeu população. Segundo o IBGE, nesses 20 anos, 23 mil pessoas saíram da Sé e da República.

Uma leve retomada começou nos anos 2000, segundo o censo de 2010. Na República, a retomada foi forte -a região atraiu novos 9.000 moradores e o setor imobiliário voltou a dar as caras.
Enquanto apenas cinco novos edifícios surgiram de 1986 a 2003, de 2005 para cá foram 15 novos condomínios, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).

Essas unidades são logo vendidas. Os 242 apartamentos de até 41 m² lançados em agosto pela incorporadora Esser, na Ipiranga com a rua do Boticário, esgotaram em um fim de semana. "Muitos foram comprados por investidores", diz Nick Dagan, diretor da Esser.

Foram eles também que arremataram todas as unidades de um lançamento da BKO na São João. Apês de 40 m² com uma vaga de garagem saíram em média por R$ 380 mil.


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