Folha de S. Paulo


Confira a história do Riviera: o surgimento, a decadência e o retorno

Após sete anos fechado, o bar Riviera reabre na semana que vem. A casa, situada na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, volta sob o comando de Alex Atala, 45 (chef do D.O.M, recém-eleito segundo melhor restaurante da América Latina pela revista britânica "Restaurant"), e do empresário da noite Facundo Guerra, 39.

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1949. Ignacio Maniscalco abre o Riviera, que funciona como um salão de chá frequentado pela elite paulistana 

1954. Político, esportistas e professores universitários passam a bater ponto lá

1958. O jogador Mazzola, do Palmeiras, vai ao bar lamentar uma derrota para o Santos por 7 a 6 e encontra os adversários comemorando. "Ele chorou muito", diz o dono

1966. Chico Buarque concorre com a música 'A Banda' no Festival da Canção e comemora vitória no local

1968. O auge: clientela de estudantes se encontrava por lá durante a ditatura

1970. Bar perde frequentadores, muitos deles exilados

1972. Laerte e Luiz Gê fazem 'O Balão', fanzine vendido a dois cruzeiros no bar, com desenhos de Angeli e os irmãos Caruso

1984. Inspirado por frequentadoras do Riviera, Angeli cria a personagem Rê Bordosa

1986. Cena do filme 'Besame Mucho', de Francisco Ramalho Jr., é gravado no endereço com Glória Pires, José Wilker e Antônio Fagundes

1990. Início da decadência. Funcionários da Sabesp, da Comgas e da Associação Comercial viram os principais clientes

1994. O garçom Pedro Coelho reage após tentativa de roubo de sua aliança. 'Resolvi enfrentar porque minha mulher não acreditaria se falasse que fui roubado'
 
1997. O proprietário Renato Maniscalco é baleado em tentativa de assalto

1999. Ex-frequentadores organizam o movimento Viva o Riviera. O local é transformado em Espaço Cultural para arrecadar dinheiro

2006. Sem conseguir pagar o aluguel, o bar fecha as portas

2013. Reabertura sob comando de Alex Atala e Facundo Guerra


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