Folha de S. Paulo


Vocalista Falcão fala sobre evolução sonora d'O Rappa

Fixada no imaginário de uma geração que ficou marcada por canções como "Pescador de Ilusões", "Reza Vela" e "Papo de Surdo e Mudo", a banda O Rappa tem a segurança de enfrentar qualquer público.

Num cenário dominado pelo funk carioca e pelo sertanejo universitário, o vocalista Falcão acredita que se posicionar seja mais fácil do que parece. "Num momento que muita coisa soa mais do mesmo, o Rappa tem o conforto de ter vários estilos dentro de sua identidade", diz.

Com 20 anos de estrada, o grupo se apresenta no Espaço das Américas nos dias 20 e 21/9 para mostrar o novo disco "Nunca Tem Fim" --primeiro de inéditas após cinco anos.

Dos vocais às interferências sonoras, a evolução da banda é visível. Para o vocalista Falcão, o som é resultado de um esforço que toda banda deveria fazer.

"Eu usei um monte de traquitanas, tipo aplicativo para celular, para fazer "overdubs" de sons que eu criei no meu estúdio. Isso dá textura nova, o som fica mais encorpado. Os graves desse disco tem bastante influência disso."

A tecnologia se estendeu também à divulgação. O primeiro single, "Anjos", foi apresentado ao público pelo YouTube. "A gente já tem uma coisa de fazer vídeos de nossos shows pra colocar no nosso canal, então foi natural. Mas fizemos isso com cuidado. O Stephen Marcussen, que masterizou o disco, produziu uma versão específica para o digital, então não é um arquivo compactado. É um áudio que bate como o CD.", explica.

Sobre o período sem novidades, o músico justifica: "as pessoas cobram um disco como se fosse algo simples de se fazer. Mas essa parada não é bem assim. A tecnologia sozinha não diz muito. Milhares de bandas novas surgem por conta da facilidade de criar algo.Tudo tem seu tempo, desde a criação até o trabalho em estúdio.", finaliza.

Ficou curioso? Compare os sons:

Anjos (Nunca Tem Fim)

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Reza Vela (O Silêncio Q Precede o Esporro)

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