Folha de S. Paulo


Coletivo espalha movimentos de "break-dance" pelos muros de São Paulo

Quem passa pelo comecinho da rua da Consolação, no bairro de mesmo nome, região central de São Paulo, vê em uma parede uma foto de um dançarino em tamanho real fazendo três posições de break-dance.

Alguns quarteirões pra frente, na rua General Jardim, se vê um lambe-lambe com o mesmo personagem fazendo outros três movimentos. Um segundo olhar revela que as posições formam letras: E e O. Outras imagens estão na av. São João, ali perto: X e A.

As fotos se espalham por diversas ruas do centro, mas não formam uma palavra, como seria de esperar. As 26 letras do alfabeto foram coladas entre a Barra Funda, a Luz e o Anhangabaú pelo Coletivo Oitentaedois, um grupo de arquitetos e designers da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP).

O designer autor do projeto, Caio Yuzo, 24, explica que a ideia inicial era apenas montar uma fonte tipográfica inspirada no "break-dance", estilo de dança que compõe a cultura Hip-Hop.

Mas, inspirado pelo lema do Festival Baixo Centro ("as ruas são para dançar"), ele resolveu colar lambe-lambes com as imagens nos muros da cidade com auxílio dos colegas.

"Surgiu a ideia de criar uma espécie de jogo no centro, onde a descoberta de algumas letras leve à procura e interação com as outras, chamando atenção para a dança de rua", diz Yuzo, que pratica "break" há sete anos e foi o próprio modelo das fotos.

Para não deixar os curiosos desalentados, ao lado de cada imagem foi colocado um "QR code" (espécie de código de barras que pode ser lido por tablets e celulares). Ao aproximar o celular do código, o pedestre acessa uma página que explica todo o projeto e pode ver um vídeo com a coreografia que deu origem às formas.

Veja o vídeo:

Vídeo


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