Já ouviu falar de alguém que tenha ido ao Frevinho da Oscar Freire atraído pela decoração? Eu não. As mesas de fórmica vermelha, os azulejos amarelos atrás do balcão e as esculturas de dançarinos de frevo pelas paredes estão lá a nos lembrar que a lanchonete não é nova no pedaço. Essa primeira unidade da rede foi aberta há 55 anos.
Qualquer sinal de autenticidade em São Paulo merece aplauso, mas seria exagero dizer que a lanchonete prima pela elegância.
O assunto ali não é estilo. É beirute. Tem de pizza, tem até à parmigiana. Mas o Frevinho é território da tradição. Quando um dos veteranos garçons, com terno de linho branco, se aproximar da sua mesa, peça o básico.
O melhor beirute de São Paulo leva apenas rosbife, queijo derretido, tomate, orégano e, claro, pão sírio. E os preços são honestos: a opção grande custa R$ 22; a míni, R$ 12,30.
O pão sírio virá quase crocante; o queijo, derretido sem exagero; o rosbife, saboroso e macio. Quem vai se lembrar dos azulejos amarelos?