Folha de S. Paulo


'Experimentei maconha e ficou por aí', diz Aécio Neves

O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, o senador Aécio Neves (MG), 54, afirmou ser contra a descriminalização e que já fumou maconha no passado.

"Quando tinha 18 anos, experimentei maconha e ficou por aí. E não recomendo que ninguém faça", respondeu em entrevista ao programa Poder e Política, da Folha e do "UOL".

O senador tem uma posição conservadora quando fala sobre substâncias hoje consideradas ilícitas no Brasil. Ele diz ser contra a experiência do Uruguai, país que legalizou o consumo de maconha. "Não gostaria de ver o Brasil como cobaia de uma experiência que não se sabe o resultado. Não acho que essa seja uma agenda para o Brasil. Não sou a favor da descriminalização", disse o tucano

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, principal aliado de Aécio no PSDB, defende a legalização da maconha no país. Um quarto da população carcerária no Brasil está na cadeia por conta de algum tipo de delito relacionado a drogas.

Indagado sobre sua opinião a respeito desse modelo de repressão, Aécio disse ser necessário agravar as penas dos grandes comerciantes.

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O tucano também disse que, se eleito, pretende reduzir o número de ministérios dos atuais 39 para 21 ou 22. Deseja também redefinir a função de algumas pastas. Fala em renomear o Ministério da Justiça com o complemento "e da Segurança Pública", enfatizando a necessidade de combater o crime em todo o país.

É uma resposta do tucano a uma das principais preocupações dos eleitores, captadas por várias pesquisas de opinião. Ao adotar essa narrativa, tenta também surfar num momento de intensas manifestações de rua, muitas com atos de violência.


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