Folha de S. Paulo


Ministro do STF revoga prisão domiciliar de Andrea Neves

Pedro Silveira - 18.mai.2017/Folhapress
BELO HORIZONTE, MG, 18.05.2017: ANDREA-NEVES - A irmã do senador Aécio Neves, Andrea Neves, chega ao Instituto Médico Legal de Belo Horizonte para exame de corpo de delito após ser presa em nova fase da Operação Lava Jato. (Foto: Pedro Silveira/Folhapress)
Andrea Neves chega ao IML de Belo Horizonte para exame de corpo de delito após ser presa

O ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogou nesta quinta-feira (7) a prisão domiciliar de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A decisão atinge ainda outros dois acusados de formar esquema de corrupção com o tucano para receber R$ 2 milhões da JBS: seu primo Frederico Pacheco e o ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), Mendherson de Souza.

Marco Aurélio também revogou a necessidade de eles usarem tornozeleira eletrônica.

O ministro afirma que os três devem "adotar a postura que se aguarda do homem médio, integrado à sociedade", além de indicar local de residência, informar eventual transferência e atender aos chamamentos judiciais.

Aécio, Andrea, Pacheco e Mendherson foram denunciados em junho pela PGR (Procuradoria-Geral da República): o senador é acusado de ter cometido crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça, enquanto os outros três foram denunciados apenas por corrupção passiva.

"Conforme ressaltado, tem-se medidas a revelarem constrições projetadas no tempo, incluindo o recolhimento domiciliar, o qual ganha contornos de prisão mitigada. A par desse dado, verifica-se que a denúncia, quanto aos requerentes, ficou restrita à corrupção passiva em coautoria", escreveu o ministro.

Essa denúncia ainda não foi analisada pela primeira turma do Supremo. Caberá aos ministros decidir se recebem a acusação. Caso a denúncia contra o tucano seja recebida, Aécio vira réu no STF e passa a responder a uma ação penal.

OPERAÇÃO PATMOS

Aécio foi gravado secretamente pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, pedindo R$ 2 milhões para pagar um advogado para defendê-lo na Lava Jato. O dinheiro foi incialmente pedido por Andrea.

Com autorização do STF, a Polícia Federal filmou o pagamento de uma parcela.

Ele foi afastado do mandato pelo ministro Edson Fachin. Depois, o ministro Marco Aurélio assumu o caso e devolveu o cargo ao senador.


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