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Garotinho 'pode ter feito bobagem', mas é honesto, diz Crivella

José Lucena/Futura Press/Folhapress
RIO DE JANEIRO,RJ,22.11.2017:PRISÃO-ANTHONY-GAROTINHO-PF - O ex-governador Anthony Garotinho deixa a sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro (RJ), após ser preso na manhã desta quarta-feira (22). Garotinho foi preso nesta manhã no apartamento onde no Flamengo, na Zona Sul. Segundo um agente da Polícia Federal, a prisão tem relação com a delação do Ricardo Saud, da JBS. (Foto: jose lucena/Futura Press/Folhapress) ***PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS***
O ex-governador Anthony Garotinho deixa a sede da Polícia Federal, no Rio, após ser preso na quarta

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse que o ex-governador do Estado Anthony Garotinho "pode ter feito bobagem", mas é "pobre e honesto". Ele e a mulher, a ex-governadora Rosinha Garotinho, foram presos nesta quarta-feira (22) pela Polícia Federal.

"O Garotinho é pobre. É um cara que não tem nenhum tostão", disse Crivella à Folha.

"Ele pode ter feito alguma bobagem na campanha. Mas garanto que ele e a Rosinha são muito honestos e estão sendo injustiçados", afirmou.

O prefeito é aliado político do casal, que foi preso sob acusação de financiamento ilegal de campanhas com a ajuda de um "braço armado".

Para Crivella, as acusações são fruto de "perseguição política". "Garotinho denuncia o PMDB todos os dias. É uma briga terrível. Aí as denúncias vêm", disse.

"Duvido que ele e a Rosinha tenham saqueado o Estado. Crime é superfaturamento. O resto é injúria, calúnia e difamação", acrescentou.

Em 2016, Garotinho pediu votos para Crivella. Depois de eleito, o prefeito nomeou a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha dos ex-governadores, como secretária de Desenvolvimento.

Segundo Crivella, Clarissa permanecerá no cargo mesmo após a prisão dos pais. "Ela está com o coração estraçalhado, mas vai continuar firme", disse.

Yasuyoshi Chiba - 19.jun.2017/AFP
Rio de Janeiro's Mayor Marcelo Crivella attends the unveiling ceremony of a graffiti by 19-year-old self-taught Brazilian artist Luna Buschinelli, as part of the
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, durante evento em junho

DELAÇÃO

Na quarta (22), a TV Globo informou que um funcionário do doleiro Alvaro Novis, delator da Lava Jato fluminense, disse ter repassado R$ 450 mil à campanha de Crivella.

O dinheiro teria sido entregue em nome da Fetranspor, a federação das empresas de ônibus.

Em nota, o prefeito disse que "a suposta acusação ocorreu porque [ele] não concedeu aumento na passagem de ônibus e apoiou a redução no preço das tarifas".


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