Em seu primeiro mandato como deputado federal, Carlos Marun (PMDB-MS) ganhou notoriedade por fazer declarações polêmicas e pela fidelidade absoluta a Eduardo Cunha, preso desde o ano passado pela Lava Jato.
Ele foi um dos articuladores da eleição do peemedebista à presidência da Câmara, o que lhe rendeu papel de destaque durante todo seu mandato.
Na "tropa de choque" de Cunha, cabia a Marun atuar como mensageiro do peemedebista e a defendê-lo publicamente, função que exerceu até a sua cassação, em setembro de 2016.
Na sessão que selou o destino de Cunha, Marun foi o único a sair em defesa do aliado, o que lhe rendeu o apelido de "companheiro solitário". "Nós estamos cassando o mandato de um deputado pelas notícias. E o noticiário foi extremamente desequilibrado", disse.
Com a prisão de Cunha, Marun se aproximou e se tornou aliado de primeira hora de Michel Temer.
O presidente decidiu adiar a troca do articulador político de seu governo depois do vazamento da informação de que ele havia escolhido Marun para o posto.
Após se aproximar de Temer, o deputado assumiu a presidência da CPI da JBS e presidiu Comissão da Reforma da Previdência.
Barrada a segunda denúncia contra o presidente, pela acusação de organização criminosa e obstrução judicial, Marun demonstrou publicamente sua lealdade ao presidente. Dançou e cantou no plenário, o que foi chamado pelos partidos de oposição de "baile da impunidade".