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Saída de Tasso era esperada no PSDB; Goldman fala em 'equilíbrio'

Bruno Poletti/Folhapress
O ex-governador Alberto Goldman, que assume a presidência do PSDB, em meio a racha na legenda
O ex-governador Alberto Goldman, que assume a presidência do PSDB, em meio a racha na legenda

A decisão do senador Aécio Neves (MG) de destituir o senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do PSDB era esperada na cúpula do partido.

Aliados do ex-governador paulista Alberto Goldman, que assume no lugar de Tasso, disseram que Aécio havia ameaçado tomar a iniciativa quatro vezes, mas recuava na última hora.

À Folha, o novo presidente interino do PSDB disse que vai trabalhar pela unidade do partido, "o equilíbrio, a isonomia e responsabilidade".

"A finalidade de um presidente como eu, que não sou candidato a nada, é exatamente manter a isonomia, o equilíbrio na disputa. Se houver disputa, que seja conduzida da melhor forma possível, para o futuro do partido e para o país", afirmou Goldman.

Segundo auxiliares do governador de Goiás, Marconi Perillo, que disputa com Tasso a sucessão de Aécio na presidência do PSDB, o senador cearense adiou o anúncio de sua candidatura para permanecer mais tempo à frente da sigla.

De acordo com esses assessores, Tasso sabia que sua destituição seria inevitável uma vez que estivesse na disputa pelo comando da sigla. Ele anunciou que era candidato na quarta-feira (8).

Goldman, que assume por ser o vice-presidente mais velho do PSDB, foi a Brasília na quarta à noite. Nesta quinta-feira (9), almoçou com Aécio.

"Vou sentar aqui numa cadeirinha e saber as coisas que estão se passando e para poder me posicionar. Não estou acompanhando a vida partidária nas suas intimidades, nas suas minúcias", disse o ex-governador, que não quis se posicionar sobre disputa pela sucessão.

A eleição da nova Executiva tucana ocorrerá no dia 9 de dezembro, na convenção nacional da legenda.


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