Folha de S. Paulo


Manuela D'Ávila oficializa pré-candidatura e nega ruptura com PT

A deputada estadual e ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) oficializou na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (8) sua pré-candidatura e negou que a intenção de disputar as eleições de 2018 signifique uma ruptura com o PT, partido ao qual o PCdoB costuma se coligar.

"Não se trata de uma ruptura com o PT, com quem temos uma relação fraterna", afirmou a parlamentar a jornalistas. D'Ávila também disse que espera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorra às eleições e que sua candidatura não está condicionada a "debates entre partidos".

O lançamento do nome dela, porém, tem causado atritos entre os dois partidos. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que o partido aliado cometia um erro ao lançar candidato independente em um momento em que a candidatura de Lula está ameaçada.

Lideranças do partido de D'Ávila reagiram às falas dos petistas. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) respondeu que "não cabe tutela" na relação entre as siglas e que houve intenso debate interno para a decisão sobre 2018.

Segundo a deputada, o PCdoB quer organizar uma "frente ampla" para discutir saídas para a crise no Brasil. "Quando nós falamos em candidatura de mudança é porque nós acreditamos que as eleições de 2018 são um momento de debate de saídas do país", afirmou.

A pré-candidata aproveitou para provocar o provável adversário de campanha Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Questionada se seria um contraponto ao candidato de direita, afirmou que "contraponto ao Bolsonaro é o bom senso do povo brasileiro".

Manuela é deputada estadual pelo Rio Grande do Sul desde 2015. Antes disso, cumpriu dois mandatos consecutivos como deputada federal pelo Estado e foi líder do partido na Câmara. Ela também disputou duas vezes a Prefeitura de Porto Alegre, em 2008 e 2012.


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