Folha de S. Paulo


Bancada petista lança Marinho para governador e avalia Suplicy para o Senado

Reunida nesta segunda-feira (30), a bancada do PT de São Paulo decidiu marcar para o início de dezembro o lançamento oficial da candidatura do ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho ao governo do Estado.

Deputados federais, estaduais e vereadores também debateram o lançamento da candidatura do vereador Eduardo Suplicy ao Senado e a decisão também ficou para o dia 1º de dezembro.

Como duas cadeiras do Senado estarão em disputa no ano que vem, o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini, defendeu que o ex-prefeito Fernando Haddad concorra à segunda vaga ao lado de Suplicy. Mas a proposta não é consensual.

Haddad, entretanto, informou nesta segunda a Marinho que não disputará uma vaga ao Senado.

Quando sondado por Marinho, o ex-prefeito disse que não disputaria contra Eduardo Suplicy. Assim, mantida a candidatura do vereador petista, Haddad não concorrerá ao cargo.

Há cerca de dois meses, Haddad foi sondado pelas bancadas municipal e estadual sobre sua disposição de se candidatar ao governo. Mas, durante um almoço, o ex-prefeito informou a Marinho que o apoiaria na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

Temendo um movimento de militantes pelo nome de Haddad, Marinho se apressou e antecipou o lançamento de sua candidatura ao governo, programado para o dia 1º de dezembro.

Há, porém, quem acredite que Haddad poderá disputar, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso Marinho não decole até junho de 2018.

Zarattini admite que Marinho "atravessará um deserto" até junho para que ganhe musculatura para a disputa: "Ele vai ficar um tempo com 3%. Que nem minhoca no concreto quente, Marinho terá que lutar para não morrer".

Segundo participantes da reunião, dois dos 14 deputados estaduais do PT ainda discordam do lançamento da candidatura de Marinho: Carlos Neder e João Paulo Rillo.

DIVERGÊNCIA

Na bancada federal, o deputado Paulo Teixeira se opõe ao lançamento.

O primeiro-secretário da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Luiz Fernando Teixeira, discorda do irmão. Segundo ele, Marinho é o melhor nome e "Haddad não deve ser lançado porque acaba de ser derrotado".

"Amo o Paulo. Mas discordo dele. Meu irmão é exceção na bancada federal", disse Luiz Fernando.

Petistas também definiram como estratégia do partido para as eleições uma ofensiva contra o governador Geraldo Alckmin.

"Temos que colocar Alckmin na roda", diz o líder do PT na Alesp, Alencar Santana.

Segundo ele, a intenção é unificar movimentos de esquerda em torno da candidatura antes que se dissipe entre adversários.

Participante da reunião, o vereador Alfredinho afirmou que o nome de Marinho tem unanimidade na bancada da Câmara de Vereadores.

Além de representantes de movimentos de esquerda e dirigentes partidários, sete deputados, sete federais e seis vereadores participam da reunião.


Endereço da página:

Links no texto: