Folha de S. Paulo


Após infestação de baratas, Palácio do Planalto tem reforço na dedetização

A denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente Michel Temer não é a única coisa que tem causado apreensão no Planalto.

Além de políticos e empresários, passaram a circular visitantes indesejáveis na entrada da sede administrativa.

Na semana passada, baratas foram vistas saindo de suportes de energia elétrica próximos à galeria de retratos dos presidentes brasileiros, no andar térreo.

No último dia 13, meia dúzia delas disparou da estrutura no chão quando uma servidora da limpeza espirrou inseticida. A debandada das baratas pegou de surpresa quem estava por perto, assustou uma funcionária pública e fez com que um dos insetos subisse no repórter da Folha.

Claudia Mor
Publicada em 22 de setembro de 2017

Na quarta (20), uma semana depois do ocorrido, as baratas tiveram menos sorte: quatro delas jaziam de barriga para cima no suporte.

A explicação para o infortúnio foi dada pela secretaria de administração do Planalto. Na terça-feira (19), foi realizado um reforço na dedetização no andar térreo.

"Nas áreas em que eventualmente ocorram o surgimento de insetos, a empresa responsável efetua a reaplicação do inseticida", disse.

Segundo a secretaria, o reforço no andar térreo já estava programado anteriormente. As dedetizações no Planalto são realizadas trimestralmente de forma geral, com reforços "quando necessário".

Não é a primeira vez que a sede do Poder Executivo é invadida por pragas urbanas.

Em 2005, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ratos, baratas e formigas entraram no Planalto após dedetização na área externa.

Em 2011, no governo Dilma Rousseff, foi a vez do Ministério das Cidades enfrentar problemas com baratas.

Em um despacho interno, um assessor especial do então ministro Mário Negromonte solicitou uma dedetização urgente. Segundo ele, os insetos passeavam de maneira "tranquila" e "impune" por objetos e pessoas.

A presença de baratas chamou a atenção do ministro, que vinha "dividindo com elas, diuturna, democrática e insalubremente, o ambiente".


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