Folha de S. Paulo


Funaro pede que Supremo mande apurar invasão à sua casa em SP

Lula Marques - 16.jan.2017/Folha imagem
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, no Senado Federal, ouve Lúcio Bolonha Funaro (foto), corretor de câmbio que intermediou operações para dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). Local: Sala 2 da Ala Nilo Coelho. Politica.
Lúcio Bolonha Funaro, operador de valores, em depoimento no Senado

A defesa do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, que fechou um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República), solicitou nesta terça-feira (12) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que seja apurada uma suposta invasão à sua casa em São Paulo.

A informação foi divulgada pelo site G1 e confirmada pela Folha. Segundo a defesa, a invasão ocorreu no final da manhã do último dia 10, domingo. Três homens entraram no terreno da casa da família Funaro, no Jardim Paulista, após pular o muro de um imóvel vizinho que, segundo os advogados, pertence ao empresário do ramo de carnes e também delator Joesley Batista, preso na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.

De acordo com os advogados de Funaro, o trio foi filmado pelo circuito interno de TV. Após gritos da mulher de Funaro, os homens deixaram a propriedade sem furtar nada. Eles não passaram da varanda do imóvel. "Não estamos acusando ninguém e nem que isso configura intimidação ao colaborador, apenas queremos que tudo seja apurado por meio de um inquérito", disse o advogado Luiz Gustavo.

A delação de Funaro foi homologada pelo STF em 5 de setembro. A defesa quer saber se a invasão teve alguma relação com o acordo de colaboração. "Pode ter sido criminalidade comum, não sabemos dizer", afirmou o advogado.

Procurado para comentar o assunto, o advogado de Joesley, Pierpaolo Bottini, disse que a defesa ainda não foi notificada sobre o assunto e não saberia dizer se a propriedade vizinha de Funaro pertence ou não ao dono da JBS.


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