Folha de S. Paulo


Mulher de prefeito, Bia diz que ele é 'supercapacitado' para ser presidente

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Bia Doria (esq) exibe suas obras em desfile da estilista Martha Medeiros, em prol do projeto Olhar do Sertão. Divulgacao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Xuxa, Claudia Raia e Bia Doria vão a desfile da estilista Martha Medeiros, na terça (22)

A primeira-dama do município de São Paulo, Bia Doria, "embrenhou-se na trilha do cangaço", navegou pelo rio São Francisco, viu "senhorinhas sentadas na corda fazendo crochê".

Na Ilha do Ferro (AL), povoado ribeirinho com tradição de artesanato, enquanto a estilista Martha Medeiros trabalhava com rendeiras, Bia se ocupou dos maridos.

"Os homens não têm profissão. Eu meio que [fiquei] direcionando, convencendo os maridos a fazerem artesanato com design, porque eles fazem um artesanato meio do jeito deles, então é um direcionamento no artesanato."

"Lá é maravilhoso! Nós em São Paulo que estamos sofrendo. Quem vive no Nordeste é que é feliz. Tem ar puro, sol o ano inteiro, não tem que vir para São Paulo", disse.

Dois meses depois de voltar da viagem, Bia e Martha inauguraram a coleção "Sertões", no hotel Palácio Tangará, cercado pelo parque Burle Marx, em São Paulo, na terça-feira (22), em um desfile para convidados.

Do próprio marido, o prefeito João Doria (PSDB), Bia diz que não tem se ocupado —pelo menos não da agenda de viagens e articulações nacionais, com a qual ele tenta se viabilizar para disputar a Presidência em 2018.

"João sai para trabalhar, as crianças vão para a escola e eu vou trabalhar. Não existe esse assunto nacional em casa." Mas Bia não se furta a elogiar sua vida política.

"Eu acho que o meu marido é supercapacitado, se for [candidato]. O Brasil está precisando realmente de uma pessoa com uma visão de colocar o Brasil para andar."

"João tem muita energia e uma capacidade de trabalho muito grande. Com certeza [seria um bom presidente]. João é um líder", afirmou.

Inclusive no PSDB, partido do marido que vive crise após crise, Doria é hoje uma referência, segundo a primeira-dama. "Mesmo porque precisa de líder naquele partido, né...", afirmou.

"Você quer saber de partido? Fala com ela!", disse Bia apontando para Valéria Perillo, mulher do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e a filha, Ana Luiza, 21, estudante de publicidade, que foram ao desfile.

"A exposição das brigas internas é ruim para o partido", lamentou Valéria, filiada ao PSDB. "Eu torço para que todos se unam para vencer as eleições, porque o que a gente não quer é que o PT volte a governar o país."

Ana Luiza disse que a "disputa de poder" entre tucanos "não devia acontecer" como na eleição que elegeu Doria, com o governador Geraldo Alckmin ao seu lado, e José Serra e Fernando Henrique Cardoso, de outro lado.

A vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP-PR), foi até Bia convidá-la a visitar seu Estado. Se disse encantada com a gestão de seu marido. "No trajeto do aeroporto até aqui, me chamou a atenção a organização da cidade, uma cidade mais limpa. Mas não só isso. Ele tem visão muito ampla", elogiou.

Lu Alckmin, mulher do governador, não compareceu. Mas Bia disse que não tem a ver com a disputa silenciosa entre Doria e Alckmin pela candidatura presidencial.

"A gente continua falando normalmente, entre nós não existe essa história de candidato, não candidato."


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