O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (14), em Palmas (TO), que não vê nenhum impedimento em participar de eventos políticos fora de São Paulo durante a semana, dia de expediente normal na prefeitura, e defendeu suas viagens.
Durante essa semana, além do Tocantins, Doria deve visitar outros três Estados.
"Não há nenhum impedimento para que o prefeito da cidade de São Paulo viaje, além do que, com a tecnologia você pode estar ligado, cobrando a todos e presente. Não há nenhum problema nisso. Ademais, a Prefeitura de São Paulo é gerida por um time, por uma equipe de trabalho. Não há mais a visão solitária de uma pessoa comandando, há um grupo de pessoas que comandam e muito bem, todas as tarefas na cidade de São Paulo", afirmou ele.
Ele voltou a dizer que não descarta a possibilidade de ser candidato a presidente no ano que vem.
"Na vida você não deve nunca descartar nada, mas neste momento não me apresento aqui como pré-candidato", afirmou o tucano após um encontro estadual de seu partido.
O prefeito citou também seu padrinho político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como um possível presidenciável.
"Temos ainda um longo tempo pela frente, até o final deste ano e o início do ano que vem. Venho ressaltar novamente o nome do governador Geraldo Alckmin, que é uma figura exemplar, meu amigo, por quem tenho enorme respeito".
'NORMAL'
Questionado por jornalistas sobre a visita da procuradora Raquel Dogde ao presidente Michel Temer na última terça-feira (8), Doria considerou o caso como "normal". A reunião da próxima chefe da PGR (Procuradoria-Geral da República) com Temer não constava na agenda presidencial.
"Estando ou não na agenda é normal. A relação entre os Poderes é absolutamente normal, não há nada de irregular nisso, é saudável e positivo que os canais estejam abertos, preservando a autonomia entre os Poderes".
Doria aproveitou ainda para criticar o PT. Na saída do evento, após uma mesa cair, militantes do PSDB chegaram a gritar: "calma gente, não é o PT, foi só a mesa".
"O Lula, o petismo e Dilma fizeram um mal muito grande ao Brasil, apenas mantenho minha posição que já tinha antes como empresário e mantenho minha posição agora como prefeito de São Paulo. Entendo que o Lula deva disputar as eleições sim, e deva perder para ser derrotado nas urnas no ano que vem, para enterrarmos o mito que depois será julgado", disse Doria.
DENÚNCIAS
Doria ainda afirmou que as denúncias de corrupção passiva e obstrução de Justiça que envolveram o senador Aécio Neves não devem afetar o PSDB em 2018.
"O PSDB tira de cada episódio como esse um novo aprendizado, para melhorar e aprimorar as suas posições e abrir mais espaço para as novas gerações que eleitas em 2016, ou já no exercício do mandato no parlamento, desejam participar. Entendo que é muito mais um bom aprendizado do que qualquer derrocada".