Folha de S. Paulo


Ministro do STF concede liberdade condicional a banqueira do mensalão

Sérgio Lima - 13.set.2005/Folhapress
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 13-09-2005: Escândalo do
A ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liberdade condicional à banqueira Kátia Rabello, principal acionista do Banco Rural.

Ela foi condenada no mensalão a 14 anos e 5 meses no mensalão pelos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas.

Kátia Rabello foi presa em 15 de novembro de 2013 e já cumpriu mais de um terço da pena quando computados os dias descontados por ter trabalhado na prisão.

Ela cumpriu 3 anos, 6 meses e 30 dias de pena e obteve, pelo trabalho e estudo, a remição de 456 dias.

Agora, poderá cumprir parte da pena em liberdade condicional. Para manter o benefício, terá que se apresentar periodicamente à Justiça.

Desde novembro de 2016, ela cumpria pena em regime aberto (com obrigação de recolhimento noturno, por exemplo).

O ministro argumentou que a banqueira preenche os requisitos necessários para obter o benefício: ela é ré primária, tem bons antecedentes, teve bom comportamento no Complexo Penitenciário Feminino de Belo Horizonte (MG), sem infração disciplinar, e bom desempenho nos trabalhos desenvolvidos, além de já ter cumprido parte da pena em regime fechado.

Ela também comprovou que está apta a se sustentar –ela tem aposentadoria do INSS.

A banqueira pagou a multa de R$ 1,7 milhão.

O Banco Rural emprestou R$ 32 milhões para o PT e o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, e ajudou-os a distribuir o dinheiro do esquema a partidos políticos sem chamar a atenção das autoridades.

Durante o julgamento do mensalão, o STF concluiu que o Rural usou meios fraudulentos para alimentar o esquema.


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