Folha de S. Paulo


Andrea Neves deixa a prisão em Belo Horizonte

Reprodução/TV Globo
Andrea Neves deixa presídio em MG e segue para prisão domiciliar
Andrea Neves deixa presídio em MG e segue para prisão domiciliar

Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), deixou o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na região leste de Belo Horizonte, na madrugada desta quinta-feira (22).

Na terça-feira (20), a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que ela cumprisse prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.

Segundo seu advogado, Marcelo Leonardo, ela chegou em casa por volta das 3h50 da madrugada. Ela foi levada pela Polícia Federal para o mesmo endereço onde foi presa em 18 de maio, uma casa em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional de Minas Gerais (Seap), o alvará de soltura chegou a Belo Horizonte no fim da noite de quarta (21) e Andrea foi desligada da penitenciária à 1h11 desta quinta.

"Por ser um caso de repercussão, a Seap decidiu minimizar os impactos do deslocamento da presa e optou pela instalação da tornozeleira eletrônica na própria unidade prisional", informou a pasta.

Após deixar a penitenciária, Andrea foi levada ao IML (Instituto Médico Legal). O advogado acredita que a tornozeleira tenha sido colocada ainda dentro do presídio.

Andrea foi denunciada por corrupção passiva com base na delação do empresário Joesley Batista, da JBS. Ele afirmou que a irmã de Aécio pediu R$ 2 milhões e gravou conversa em que o tucano faz o mesmo pedido.

A PF filmou a entrega de malas de dinheiro a Frederico Pacheco, primo de Aécio. A verba foi repassada ainda a Mendherson Souza Lima, então assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

A defesa dos acusados nega que o pagamento seja referente a propina e que o pedido era para pagar advogados de Aécio na Lava Jato.

Frederico e Mendherson também foram presos no dia 18. Na terça, por três votos a dois, o STF decidiu pela prisão domiciliar de Mendherson e estendeu a decisão a Andrea e Frederico.

A decisão, além de obrigar o uso de tornozeleira, veta o contato entre os investigados e exige entrega do passaporte.

O Supremo adiou a decisão sobre um novo pedido de prisão contra Aécio.

A Seap informou ainda que o mesmo procedimento para a saída de Andrea será aplicado para Frederico e Mendherson, presos no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem.

Segundo a Seap, o sistema prisional de Minas tem capacidade para monitorar 4.389 tornozeleiras e 1.712 estão em uso atualmente no Estado.


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