O senador Aécio Neves (PSDB-MG) anunciou nesta quinta-feira (18) que vai se licenciar da presidência nacional do partido e indicou à Executiva o nome do senador Tasso Jereissati (CE) para assumir de forma interina o comando do PSDB.
"A partir de agora, minha única prioridade será preparar minha defesa e provar o absurdo dessas acusações e o equívoco dessas medidas", disse o tucano por meio de nota.
O afastamento do senador era previsto e a bancada do partido na Câmara chegou a anunciar, mais cedo, que o deputado Carlos Sampaio (SP) ocupará o cargo interinamente.
"Depois de ouvir inúmeros companheiros e seguindo o que determina o nosso Estatuto, estou apresentando à Executiva o nome do senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, para assumir nessa interinidade a presidência do partido", escreveu.
Aécio foi alvo, nesta quinta, de mandados de busca e apreensão e de um pedido de prisão, este último negado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O tucano diz estar certo de que as investigações mostrarão "correção" dos atos deles e dos familiares deles.
"Me dedicarei diuturnamente a provar a minha inocência e de meus familiares para resgatar a honra e a dignidade que construí ao longo de meus mais de trinta anos de vida dedicada à política", diz a nota.
O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), afirmou que não há um prazo determinado para a licença de Aécio e garantiu que o nome de Tasso Jereissati teve, no fim das contas, apoio da bancada da Câmara.
"Os deputados federais fizeram sugestão de nome, os senadores fizeram sugestão do senador Tasso. O senador Tasso reúne todas as condições e teve apoio do Carlos Sampaio e do líder dos deputados do PSDB [Ricardo Tripoli (SP) para ocupar essa posição", disse.