Folha de S. Paulo


Aécio pediu empréstimo para uso pessoal, diz advogado

O advogado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), José Eduardo Alckmin, afirmou que o parlamentar está "inconformado e surpreso" com as acusações de que teria pedido R$ 2 milhões a Joesley Batista para pagar sua defesa na Operação Lava Jato e com a determinação de seu afastamento do mandato.

Ele confirmou o pedido, mas disse se tratar apenas um empréstimo pessoal e que houve uma "descontextualização" da fala de Aecio na gravação.

Segundo o advogado de Aécio, a fala em que o senador diz que para entregar o dinheiro precisaria de uma pessoa de segurança, um que "a gente mata antes de fazer delação" era apenas uma "brincadeira".

"Era um modo de falar", disse ele, afirmando que "ninguém sobreviveria a dez minutos de gravação" pois as falas são distorcidas.

"Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara", teria dito o senador.

Alckmin também afirmou que o senador ficou surpreso com a prisão de sua irmã, Andrea Neves, detida nesta quinta (18) em Belo Horizonte. O advogado ficou reunido com Aécio na casa do senador no Lago Sul entre as 8h e as 13h desta quinta, após o fim do cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do parlamentar, de onde foram levados computadores.

O advogado seguiu para o STF, onde disse que pediria ao ministro Edson Fachin a "reconsideração das medidas cautelares" e do pedido de afastamento do mandato.


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