Folha de S. Paulo


Skaf se lança pré-candidato ao governo com críticas ao PT e ode à 'gestão'

Diego Tomassini/Divulgação
Skaf (com microfone) em anúncio de Batochio (de gravata) como seu vice na eleição de 2014
Skaf (com microfone) em anúncio de Batochio (de gravata) como seu vice na eleição de 2014

Citado na Operação Lava Jato, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), lançou-se pré-candidato ao governo do São Paulo em 2018 com críticas ao PT e defendendo "gestão" e "eficiência".

Em congresso do PMDB em Báslsamo (SP), no sábado (8), Skaf, que foi derrotado por Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014, argumentou que o momento favorece a renovação, já que o governador não tentará a reeleição.

Na última eleição estadual, o PMDB se aliou ao PT no plano nacional com a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, e em São Paulo, José Roberto Batochio, advogado de petistas como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi seu candidato a vice pelo PDT.

Discursando para prefeitos e militantes partidários, Skaf fez uma crítica ao PMDB no passado e, em referência a 2014, disse que "o eleitor de São Paulo não queria saber de votar no PT. Em 2018, não temos mais esse problema".

Defendendo a construção de uma "grande aliança" partidária em torno de sua eventual candidatura, Skaf afirmou que "a maior contribuição que nós podemos fazer é uma gestão com força política e eficiência, seriedade".

O presidente da Fiesp foi acusado por Marcelo Odebrecht de ter recebido R$ 6 milhões em caixa dois para a campanha de 2014. O repasse faria parte de um montante de R$ 10 milhões acertado no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, para o PMDB nas eleições de 2014.

Ele nega ter deixado de declarar qualquer doação eleitoral. "Skaf nunca pediu nem autorizou ninguém a pedir contribuição de campanha que não as regularmente declaradas", disse, em nota.


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