Folha de S. Paulo


Vala comum gera impunidade em casos de corrupção, diz coordenador da Lava Jato

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Apesar de criticar o foro privilegiado, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou que uma "vala comum do processamento de crimes" gera impunidade nos casos de corrupção.

"Além de nós reduzirmos drasticamente o foro privilegiado, nós precisamos de propostas e soluções para os problemas do sistema de justiça como aquelas que foram oferecidas dentro das 10 medidas contra a corrupção", afirmou (veja no vídeo acima).

Ele também comparou a Operação Lava Jato à Mãos Limpas, realizada na Itália na década de 90, e disse que o erro da população italiana foi confiar demais que a solução contra a corrupção viria do Judiciário. Veja a íntegra da entrevista aqui.

Em afirmação semelhante à que fez à Folha no dia 27, Dallagnol disse que a Justiça não é a resposta. "Nós precisamos ir além. A solução está nos braços e nos ombros da sociedade, porque precisamos mudar o sistema".

A entrevista faz parte da série "Diálogos que Conectam", produzida pela Um Brasil, plataforma de conteúdo idealizada pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) em parceria com a Brazil Conference, evento realizado por alunos brasileiros da Universidade Harvard e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos EUA.

A edição deste ano, da qual participou Dallagnol, foi realizada nos dias 7 e 8 de abril.

Theo Marques-2.abr.17/Folhapress
Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato
Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato

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