Folha de S. Paulo


Lindbergh Farias recebeu R$ 4,5 mi da Odebrecht, dizem delatores

Evaristo Sa/AFP
Senador Lindbergh Farias, um dos nomes da lista
Senador Lindbergh Farias, um dos nomes da lista

O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou a abertura de inquérito contra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por suposto recebimento do departamento de propina da Odebrecht de R$ 4,5 milhões não declarados nas campanhas de 2008 e 2010.

Em contrapartida, Lindbergh, então prefeito de Nova Iguaçu (RJ) e hoje candidato à presidência do PT, teria beneficiado a Odebrecht em contratos administrativos relacionados ao programa Pró-Moradia, sustenta a Procuradoria-Geral da República.

O esquema foi relatado por Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o BJ, ex-presidente da construtora, e Leandro Andrade Azevedo, ex-superintendente da Odebrecht no Rio.

A abertura dos inquéritos não implica culpa dos investigados. A partir da decisão, os investigadores e os advogados apresentam provas para determinar se há indício de autoria do crime ou não.

Depois disso, o Ministério Público decide se apresenta uma denúncia ou pede o arquivamento do inquérito. Se a denúncia for apresentada e aceita pelo Supremo, o investigado se torna réu e passa a ser julgado pelo tribunal.

Lindbergh negou a acusação. "Mais uma vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos e, assim como das outras vezes, estou convicto que o arquivamento será único desfecho possível para esse processo. Novamente a justiça será feita."

GRAZZIOTIN

O STF autorizou abertura de inquérito contra a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o marido, Eron Bezerra, por suposto recebimento de caixa dois na campanha de 2012.

O despacho do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, não informa o valor que Grazziotin teria recebido do setor de propinas da Odebrecht.

O esquema foi narrado por Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, ex-presidente e fundador da Odebrecht Ambiental.

LISTA DE JANOT 2 - Quantidade de filiados, por partido, com investigação autorizada pelo STF


Endereço da página:

Links no texto: