Folha de S. Paulo


Marcos Pereira será investigado por suposto recebimento de R$ 7 milhões da Odebrecht

Pedro Ladeira/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 08-06-2016, 11h00: O presidente interino Michel Temer, acompanhado dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Eliseu Padilha (Casa Civil), Marcos Pereira (Indústria, Comércio exterior e serviços) e Moreira Franco (Secretaria de investimentos), e do presidente da FIESP, Paulo Skaf, durante encontro com empresários no Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
Ministro Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), filiado ao PRB

O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou a abertura de inquérito para investigar o ministro da Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB).

O pedido se baseia nas delações dos executivos da Odebrecht Marcelo Odebrecht, Alexandrino Alencar, Fernando Reis, e Hilberto Mascarenhas Filho.

A abertura dos inquéritos não implica culpa dos investigados. A partir da decisão, os investigadores e os advogados apresentam provas para determinar se há indício de autoria do crime ou não.

Depois disso, o Ministério Público decide se apresenta uma denúncia ou pede o arquivamento do inquérito. Se a denúncia for apresentada e aceita pelo Supremo, o investigado se torna réu e passa a ser julgado pelo tribunal.

A investigação sobre o ministro de Temer é uma entre 83 que foram determinadas pelo ministro no dia 4 de abril. Elas haviam sido pedidas no dia 14 de março pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Segundo o pedido, o ministro teria recebido da empreiteira investigada pela Lava Jato R$ 7 milhões para seu partido em 2014. O repasse teria como objetivo garantir o apoio à chapa Dilma-Temer na eleição presidencial.

"Ainda se narra que Edinho Silva [tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff] teria sugerido ao executivo Marcelo Bahia Odebrecht o acionamento de líderes dos partidos PROS, PRB, PC do B e PDT a fim de propiciar o custeio das referidas agremiações partidárias. Objetivava-se, com isso, assegurar maior tempo de antena à coligação "Com a Força do Povo" e, de tal modo, gerar vantagem eleitoral à candidatura", afirma o texto.

OUTRO LADO

A Folha ainda não conseguiu contato com a defesa do ministro Marcos Pereira.


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