Folha de S. Paulo


Justiça manda soltar ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira

O juiz federal Sergio Moro determinou nesta quinta (2) a libertação do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que estava preso na Operação Lava Jato desde junho do ano passado.

Ferreira é investigado sob suspeita de receber propina de obras da Petrobras e repassá-la a aliados políticos, incluindo blogueiros e uma escola de samba.

Ele, que também foi deputado federal, ocupou o cargo de tesoureiro do PT entre 2005 e 2010, antes de João Vaccari Neto, que também está preso preventivamente.

Luiz Carlos Murauskas - 22.out.2005/Folhapress
O ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira,chegando no diretório do partido no dia em que foi eleito
O ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira,chegando no diretório do partido no dia em que foi eleito

Moro já havia determinado a soltura do político no final do ano passado, com uma fiança de R$ 1 milhão –mas Ferreira não conseguiu juntar o dinheiro.

O juiz entendeu na época que o ex-tesoureiro não estava entre os principais beneficiários e articuladores do esquema na Petrobras, e já não ameaçava risco à coleta de provas.

A Justiça baixou, então, a fiança para R$ 200 mil, mas o político só conseguiu juntar R$ 165 mil até agora, além de um automóvel Citroën C4.

Na decisão desta quinta, Moro concedeu a ele "o benefício da dúvida, pois é possível que tenha gasto o valor que lhe teria sido repassado [em propina] com consumo ou em outras finalidades".

O juiz determinou, porém, que ele deposite os R$ 25 mil restantes de fiança em até 45 dias.

Ferreira deve deixar a prisão de Tremembé (SP) ainda nesta quinta (2), segundo o advogado Elias Mattar Assad.


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