Folha de S. Paulo


Para pressionar Maia a admitir candidatura, Rosso pede debate na TV

Pedro Ladeira/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 16-04-2016, 14h00: Sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na câmara dos deputados. O presidente da câmara dep. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) preside a sessão. O dep. Rogerio Rosso (PSD-DF). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
O deputado Rogerio Rosso (PSD-DF), que disputa a presidência da Câmara

Para pressionar o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a admitir que é candidato à reeleição, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), um dos parlamentares que disputa o cargo, encaminhou ao comando da Casa uma "sugestão" para que a TV Câmara realize um debate ao vivo entre aqueles que desejam ocupar a presidência.

"Venho, por meio desta, sugerir a realização de um debate através da TV Câmara, no mês de janeiro, entre os pré-candidatos à presidência da Câmara dos Deputados no ano de 2017/2018", diz trecho do documento assinado por Rosso.

"Entendo que a realização de um debate ao vivo seria muito importante para o fortalecimento da democracia e para o fundamental acompanhamento do processo eleitoral por parte dos parlamentares e da sociedade brasileira", finaliza o deputado.

Mais cedo, Rosso publicou um vídeo em que já pressiona provoca o atual presidente da Câmara.

"Fica nosso registro de que estrutura, pessoal, equipamentos e condições técnicas a TV Câmara tem. Agora, com a palavra, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia", diz Rosso dentro do estúdio da TV Câmara.

Maia tem relutado em admitir sua candidatura por causa de um imbróglio jurídico.

O grupo de seus adversários —Jovair Arantes (PTB-GO), Rogério Rosso (PSD-DF) e André Figueiredo (PDT-CE)— questiona na Justiça a possibilidade de Rodrigo Maia tentar ser reconduzido, já que a Constituição veda reeleição ao comando da Casa dentro de uma mesma legislatura.

Já Maia e seus aliados alegam que o texto constitucional não aborda mandatos-tampões, caso do atual presidente, que assumiu o cargo após disputa para suceder o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou em julho de 2016.

Por causa do recesso, o Supremo não deve se manifestar antes da eleição, marcada para 2 de fevereiro. Para Maia, caso ele seja eleito, não haverá insegurança jurídica.


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