Folha de S. Paulo


Justiça suspende diplomação de prefeito eleito de Embu das Artes (SP)

A Justiça Eleitoral de São Paulo suspendeu nesta quinta-feira (15), em decisão liminar (provisória), a diplomação do prefeito eleito de Embu das Artes (Grande SP), Ney Santos (PRB). Ele é suspeito de lavar dinheiro da facção criminosa PCC (Primeiro Comanda da Capital) por meio de postos de combustível.

Santos teve prisão preventiva decretada e está foragido desde a última sexta-feira (9), quando foi alvo da Operação Xibalba, do Ministério Público de São Paulo.

No pedido à Justiça Eleitoral, o promotor Estêvão Luís Lemos Jorge sustentou que o prefeito eleito "usou [em sua campanha] contribuições provenientes de lavagem de dinheiro oriundo de tráfico de entorpecentes, incluindo os valores doados pelo próprio eleito".

Fabio Braga - 15.set.2010/Folhapress
AGSP - 15/09/10 - Trafego de caminhoes a noite - Delegacia Seccionalde Taboao; Taboao da Serra; SP; Brasil - CIDADES - PAUTA: O candidatoa deputado federal pelo Partido Social Cristao, Claudinei Alves dosSantos, o Ney Santos, 29; e investigado pela policia civil sobre aacusacao de adulteracao de combustivel, enriquecimento ilicito,lavagem de dinheiro, sonegacao fiscal e formacao de quadrilha. NAFOTO: Ney Santos em coletiva de imprensa apos prestar esclarecimentosna policia. (Fabio Braga/Folhapress). ***DIARIO OUT CAPA***.
Ney Santos (PRB), prefeito eleito de Embu das Artes (SP), está foragido desde o dia 9

De acordo com o Ministério Público, Santos é integrante da facção PCC.

Pela decisão do juiz eleitoral Gustavo Sauaia Romero Fernandes, fica temporariamente suspensa a posse de Santos e de seu vice, Peter Calderoni (PMDB), até que sejam apuradas as suspeitas do Ministério Público sobre a origem do dinheiro usado na campanha eleitoral.

Ainda conforme a decisão, enquanto isso, deve assumir a Prefeitura de Embu das Artes o segundo nome da atual Mesa Diretora da Câmara Municipal –uma vez que, hoje, Santos é o presidente da Casa–, até que seja eleito o próximo presidente da Câmara.

A reportagem não localizou representantes de Santos até a publicação deste texto.


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