Folha de S. Paulo


Planalto anuncia Roberto Freire como novo ministro da Cultura

Divulgação/PPS
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), escolhido como novo ministro da Cultura

A assessoria de imprensa da Presidência da República anunciou nesta sexta (18) o nome do deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS, como novo ministro da Cultura. Ele substitui Marcelo Calero, que pediu demissão, conforme revelou o Painel.

Segundo o Planalto, o presidente Michel Temer aceitou a demissão de Calero e convidou Freire para o cargo.

"Foi surpresa. Não tem muito o que discutir", disse Freire à Folha.

Pernambucano, Roberto Freire já havia sido convidado por Temer para ficar responsável pela Cultura no início do governo, quando a área ficaria restrita a uma secretaria.

POLÊMICA

Nomeado a secretário-executivo de Cultura em maio, no momento em que a área havia perdido o status de ministério, Marcelo Calero assumiu como ministro após protestos da classe artística quanto à extinção da pasta.

Sua primeira polêmica ocorreu já em seu primeiro mês no cargo. Em junho, durante uma entrevista no programa "Metrópolis", da TV Cultura, o ministro chamou o protesto anti-impeachment realizado em Cannes pela equipe do filme "Aquarius" de "um pouco totalitário". Foi amplamente criticado no meio cultural.

Em julho, veio a segunda controvérsia, quando integrantes de movimentos sociais que já estavam ocupados em prédios do ministério, incluindo o Palácio Capanema, no Rio, foram levados a deixar o local. Em maio, Calero havia prometido que não pediria a reintegração de posse, mas, dois meses depois, a polícia dispersou os manifestantes para garantir a "continuidade dos serviços de reforma" no Capanema.

No mesmo mês, sob sua gestão, o MinC demitiu 81 funcionários em cargos comissionados, a maior onda de exonerações da história da pasta e que também envolveu a cúpula da Cinemateca e sua coordenadora, Olga Futemma. A justificativa foi a de que estava promovendo "desaparelhamento" do ministério.

Dias depois, reconduziu os funcionários da cúpula da Cinemateca após um manifesto com mais de 1.300 assinaturas e a revelação, pela Folha, de uma denúncia de estelionato contra Oswaldo Massaini Filho, coordenador apontado pelo MinC para suceder Futemma.


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