Folha de S. Paulo


Recado de Acir Filló é 'ridículo', diz Alckmin sobre acusações de ex-tucano

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou como "ridículo" o recado passado pelo prefeito afastado de Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), Acir Filló, que disse ter sido abandonado pelos tucanos de São Paulo.

À Folha, Filló acusou a gestão Alckmin e o PSDB de corrupção. O prefeito afastado também reciclou a frase "Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada", dita originalmente pelo ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, quando era alvo de acusações em 2010.

"É ridículo, né? Se você conhecesse o Filló, você não levaria nada disso a sério", rebateu Alckmin em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24).

Após se tornar alvo de investigações sobre fraudes em licitações e corrupção, Filló foi afastado da prefeitura de Ferraz em dezembro de 2015, acusado de agir para atrapalhar investigações, escondendo documentos. Depois, foi expulso do PSDB.

Este mês, Filló protocolou no Ministério Público de São Paulo um pedido para firmar acordo de delação premiada sobre suposto esquema de corrupção no governo Alckmin. Ele também disse ter recebido pedido de suborno do presidente municipal do PSDB de Ferraz, Clóvis Caetano, solicitação que depois teria sido reiterada pelo vice-presidente do PSDB estadual, Cesar Gontijo.

Prometeu ainda que sua eventual delação poderá detalhar suposto esquema de corrupção no Fumefi (Fundo Metropolitano de Financiamento e Investimento), fundo para financiar projetos na Grande São Paulo.

Alckmin classificou o caso como "uma briga local de diretório" e "uma briga partidária". Disse incorretamente que Filló foi cassado. Na verdade, ele foi afastado do cargo.

"Como ele fez uma acusação ao Fumefi, que é um órgão do governo, eu há dois meses já determinei que abrisse uma sindicância e que a corregedoria já verificasse. Ele foi chamado e não compareceu", disse Alckmin.


Endereço da página:

Links no texto: