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Réu no STF, novo ministro do Turismo diz que não cometeu nenhum crime

Pedro Ladeira/Folhapress
Marx Beltrão, novo ministro do Turismo, durante sua cerimônia de posse
Marx Beltrão, novo ministro do Turismo, durante sua cerimônia de posse

O novo ministro do Turismo, Marx Beltrão, afirmou nesta quarta-feira (5) que não cometeu nenhum crime e disse acreditar que será absolvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Nome indicado pelo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), o novo ministro é réu na Suprema Corte por falsidade ideológica, acusação de quando era prefeito de Coruripe (AL).

Em entrevista à imprensa, o ministro disse que não cometeu "nenhum tipo de dano ao erário" e que responde ao processo por um "erro administrativo".

"Tenho plena convicção e absoluta certeza de que serei absolvido, porque não cometi nenhum tipo de crime nem dano ao erário", afirmou.

A nomeação do ministro, deputado federal do PMDB de Alagoas, faz parte de esforço do presidente Michel Temer para aprovar na próxima semana a proposta do teto de gastos públicos na Câmara dos Deputados.

O nome do parlamentar era cotado para o posto desde junho. Na época, o Palácio do Planalto pediu para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) fazer uma pesquisa sobre o histórico profissional e pessoal do parlamentar.

Na pesquisa, o órgão federal encontrou o processo, mas o Palácio do Planalto concluiu que o episódio é menor e que, neste momento, é melhor sofrer o desgaste com a nomeação do que com uma derrota na votação do teto de gastos.

O Ministério do Turismo estava vago desde a demissão de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que foi citado por delatores da Lava Jato.

Antes de Beltrão, o governo federal chegou a cogitar a indicação de Vinicius Lages, ex-ministro da pasta e afilhado político do presidente do Senado Federal. Com a exigência da bancada peemedebista de que fosse um deputado federal, o nome de Lages foi descartado.

VISTOS

Em discurso, o novo ministro defendeu a extensão do prazo de isenção de visto para entrar no Brasil a turistas dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão.

Ele lembrou que a decisão foi tomada durante a Olimpíada do Rio de Janeiro e pregou que ela deve ser adotada também para outros países, mas não deu detalhes.


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