Folha de S. Paulo


Justiça bloqueia R$ 30 milhões de empresa e conta pessoal de Palocci

Giuliano Gomes/Folhapress
O ex-ministro Antonio Palocci, preso na 35ª fase da Operação Lava Jato, deixa IML em Curitiba após realizar exame de corpo de delito
O ex-ministro Antonio Palocci, preso na 35ª fase da Operação Lava Jato, deixa IML em Curitiba

A Justiça Federal do Paraná bloqueou pouco mais de R$ 30 milhões do ex-ministro Antonio Palocci, preso na última fase da Operação Lava Jato.

O pedido de bloqueio foi feito pelo juiz Sergio Moro, atendendo a pedido do Ministério Público.

Foram bloqueados R$ 30 milhões da Projeto Consultoria Empresarial, de propriedade de Palocci, além de R$ 814 mil das contas pessoais do ex-ministro, segundo ofício enviado à Justiça nesta quarta (28).

Palocci é investigado sob suspeita de ter solicitado e recebido pagamentos de propina da empreiteira Odebrecht, em troca de atender demandas da empresa no governo federal.

A defesa do ex-ministro nega irregularidades e argumenta que a PF se baseou apenas em "presunções e deduções" para prendê-lo.

O bloqueio dos valores foi solicitado até o teto de R$ 128 milhões, montante que teria sido pago em propinas a pedido de Palocci.

A medida, solicitada com frequência pelo Ministério Público Federal, pretende impedir a evasão de recursos ilícitos e assegurar o retorno do dinheiro aos cofres públicos, caso seja comprovado que houve crime.

O assessor de Palocci Branislav Kontic, também preso na última segunda (26), teve bloqueados R$ 1.501 de suas contas correntes.

Já nas contas de Juscelino Dourado, ex-chefe de gabinete de Palocci e também preso na operação, acusado de intermediar o pagamento de propina, nada foi encontrado.


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