Folha de S. Paulo


Comandante diz que PM 'salvou vidas' no protesto de domingo

O comandante da PM na capital paulista, Dimitrios Fyskatoris, afirmou que a corporação salvou vidas com sua ação durante o protesto contra o presidente Michel Temer (PMDB) na noite de domingo (4). Ele também divulgou contagem de 30 mil pessoas no ato, contra 100 mil divulgados pelos organizadores.

A corporação foi criticada pelos organizadores do ato até então pacífico pela quantidade de bombas lançadas pelos PMs. Os policiais também agrediram um jornalista da BBC.

"Eu quero que vocês levem em consideração o incidente que houve ontem sem nenhum ferido, quantas vidas nós salvamos", disse.

Ele negou excessos por parte da polícia e afirmou que a corporação "não teve escolha" ao atacar manifestantes com bombas de gás, por ter sido atacada antes com objetos arremessados.

A reportagem presenciou bombas sendo atiradas na direção de jornalistas e até dentro de bares. Questionado, o comandante afirmou que o objetivo era restaurar a ordem e dispersar a multidão.

Segundo ele, a corporação foi chamada a controlar o acesso da multidão à estação Faria Lima do metrô, onde teria havido depredação –a reportagem foi até o local e não encontrou sinais de vandalismo."Houve sim depredação no metrô", afirmou o oficial.

Sobre os presos antes da manifestação, ele disse que 21 detidos confessaram que depredariam a cidade durante o ato e por isso foram presos. "Eles foram entrevistados e declararam que estavam ali reunidos para sair pela cidade e praticar atos de agressão", disse Fyskatoris.

Questionado sobre uma possível diferença de tratamento nos atos pró e contra impeachment, ele afirmou que não existe tratamento diferente, mas protestos diferentes e melhor organizados.


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