Folha de S. Paulo


Na campanha com João Doria: veja cinco momentos

Thais Bilenky/Folhapress
João Dória reza em igreja em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo
Filmado pela equipe de campanha, João Doria reza em igreja em Santo Amaro, em São Paulo

Em caminhada pelo comércio na região de Santo Amaro (zona sul), nesta quarta-feira (10), o candidato a prefeito João Doria Jr. (PSDB) apertou bochechas, ajoelhou para rezar e quase furou fila. Na véspera, em evento com candidatos, prometeu abdicar de seu salário, se eleito.

Leia bons momentos da campanha do empresário e apresentador.

1. Ajoelhou tem que rezar

Doria e comitiva distraíram católicos que rezavam na Diocese Santo Amaro quando entraram com equipe de foto e vídeo. O candidato entrou, ajoelhou e rezou sob o registro de sua equipe. Diante do zum-zum-zum, um assessor mandou interromper a filmagem. Depois Doria ainda passou pelo altar, fez o sinal da cruz e cumprimentou uma religiosa.

2. Furar fila não dá

O tucano chegou ao restaurante popular Bom Prato de Santo Amaro para almoçar. Enquanto caminhava em direção à entrada, passando por uma fila que dobrava quarteirão, ouviu protestos. Chegando lá dentro, desistiu de comer a feijoada do dia. "Furar a fila não é um bom gesto", disse. Doria, contudo, não se furtou a misturar a feijoada no caldeirão de touca de cozinha e ainda levou a bandeja já vazia de um cliente ao balcão.

vídeo doria

3. Nordestino cheiroso

Uma mulher que dizia que votaria em Doria se ele assinasse sua carteira de trabalho se surpreendeu quando ele se aproximou para beijá-la. "Gostei do perfume do senhor", elogiou. Uma outra eleitora quis saber a origem do candidato e que atenção daria ao eleitorado de regiões afastadas do centro. "Nasci na capital de São Paulo, mas sou filho de baiano", tranquilizou o filho do ex-deputado João Doria.

4. "Conte comigo"

O vereador Gilberto Natalini (PV), candidato à reeleição, que acompanhava Doria na caminhada, apresentava o tucano e a si mesmo a lojistas e pedestres como candidatos. "Podemos contar com você?", repetia. A legislação proíbe pedido explícito de voto antes do início oficial da campanha, em 16 de agosto. Em uma loja de cosméticos, as vendedoras se incomodaram com a passagem da comitiva. "Veio aqui só para atrapalhar a gente", reclamou uma delas.

5. Pro bono

Na terça (9), em evento com candidatos a vereador, o tucano disse que abdicaria de seu salário como prefeito, se eleito. "Não é para ter proselitismo político", discursou. "É porque não quero. E eu posso abrir mão dele. E vou abrir e vou dedicar 48 holerites que devo receber como prefeito para 48 entidades do terceiro setor."


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