Folha de S. Paulo


Lewandowski comanda votação, e senadores controlam ânimos

Pedro Ladeira/Folhapress
O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, preside a votação sobre o impeachment no Senado
O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, preside a votação sobre o impeachment no Senado

A presença do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, no comando da votação prévia do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, apaziguou os ânimos dos senadores na sessão que decidiu pelo julgamento de Dilma.

"Não sei se Vossa Excelência está acostumada a esse tipo de ambiente. É lamentável", afirmou Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), ao ser interrompida por colegas favoráveis ao impeachment durante os questionamentos que antecederam os debates.

Apesar de alguns momentos de bate-boca, os próprios congressistas admitiram que foram mais comedidos em suas intervenções por estarem diante de alguém que não é do convívio diário.

Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a figura do presidente do STF "impõe mais respeito". Colegas que estavam gritando e a acusando de fazer "chicana", por exemplo, estão ouvindo mais.

Lewandowski pediu que os senadores votassem com "coragem e independência".

Segundo a Constituição, cabe ao presidente do Supremo comandar o impeachment.

A sessão que aprovou o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável à condenação de Dilma, começou às 9h44 da terça (9) e durou mais de 16 horas.

Durante os discursos, os aliados de Temer afirmaram que os crimes cometidos por Dilma estão comprovados e apontaram melhorias que, de acordo com eles, aconteceram no país após o afastamento da petista.

Já os aliados da petista voltaram a dizer que a fase processual não conseguiu provar que Dilma cometeu crimes.


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