Folha de S. Paulo


Eleição proporcional levou deputado à Câmara com 275 votos em 2002

Pedro Ladeira - 1ª.fev.15/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 01-02-2015, 12h00: O deputado Tiririca (PR-SP). Cerimônia de Posse dos deputados federais na Câmara dos Deputados. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
O deputado Tiririca (PR-SP), que puxou deputados com seus votos

A nova regra que estabelece uma quantidade mínima de votos para eleição de candidatos no Poder Legislativo teria tido pouco efeito se aplicada em 2014. Apenas um dos 513 deputados federais não teria sido eleito.

Fausto Pinato (PRB-SP) obteve 22.097 votos, menos de 10% do quociente eleitoral para deputados de São Paulo, de 299.952.

A NOVA REGRA DO JOGO

O deputado foi eleito na esteira do atual candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB), que recebeu cerca de 1,52 milhão de votos –recorde daquela eleição.

Dos dez candidatos menos votados de São Paulo, metade é do PRB. Dois são do PR, que se beneficiaram da popularidade de Tiririca, o segundo mais votado com 1 milhão de eleitores.

A nova regra fez lembrar ainda a eleição de Enéas Carneiro, do Prona, em 2002. Com 1,57 milhão de votos, ele garantiu outras seis vagas ao partido –que, no entanto, tinha somente mais cinco candidatos.

Com isso, o médico Vanderlei Assis de Souza acabou se tornando deputado com apenas 275 votos.

Em 2014, somente 36 deputados se elegeram com seus próprios votos. Os demais contaram com os votos destinados ao partido ou à coligação.


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