Folha de S. Paulo


Marisa Letícia pede ressarcimento de R$ 301 mil por imóvel em Guarujá

Eduardo Knapp - 28.jan.2016/Folhapress
GUARUJA, SP, Brasil, 28-01-2016 14h13:Fachada do predio SOLARIS localizado na Av General Monteiro de Barros,638, na praia das Austuria no Guaruja onde um dos triplex (frontal e a esquerda)do ultimo andar seria de propriedade do ex Presidente Lula (Foto Eduardo Knapp/Folhapress.PODER). Cod do Fotografo: 0716
Prédio em Guarujá (SP), construído pela empreiteira OAS

A ex-primeira-dama Marisa Leticia Lula da Silva ajuizou uma ação na Justiça de São Paulo contra a empreiteira OAS e a cooperativa Bancoop em que pede o ressarcimento de R$ 301 mil.

Marisa, mulher do ex-presidente Lula, argumenta que pagou ao longo de quatro anos parcelas de um apartamento no condomínio Solaris, em Guarujá, e que, como desistiu da compra, tem direito a receber de volta o valor corrigido.

O apartamento é investigado na Operação Lava Jato, que apura se a OAS beneficiou o ex-presidente Lula ao bancar reformas por conta própria em uma das unidades do condomínio.

A defesa de Lula vem sustentando desde o início do ano que ele nunca foi dono de uma unidade no prédio, desistiu da compra e não foi favorecido pela empreiteira.

O prédio era de responsabilidade da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários), que, em crise financeira, repassou a edificação para a OAS em 2009.

Os advogados da ex-primeira-dama dizem ter pedido formalmente a restituição dos valores em novembro de 2015 e que, desde então, a Bancoop não deu qualquer resposta. A OAS, argumentam, é a corresponsável. Os R$ 301 mil correspondem aos valores pagos na década passada atualizados.

Em nota, a defesa de Marisa disse que ela e familiares apenas "reclamam o direito ao ressarcimento do que investiram" e não adquiriram nenhuma unidade no prédio. A OAS disse que não vai se manifestar.

Em março deste ano, o Ministério Público de São Paulo denunciou Lula sob acusação de ocultação de patrimônio, lavagem e falsidade ideológica no caso do edifício Solaris.

A denúncia, que envolvia outras 15 pessoas, acabou repassada ao juiz federal Sergio Moro, que comanda a Lava Jato na primeira instância. A investigação do caso no Paraná ainda não foi encerrada.


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