Um novo calendário aprovado pela Comissão Especial do Impeachment do Senado nesta quarta (22) posterga em uma semana a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Pelo cronograma, o plenário do Senado fará no dia 9 de agosto, e não mais no dia 2 do mesmo mês, a votação do parecer prévio (chamada de "pronúncia") da comissão sobre as acusações contra a petista.
A partir desta data, se a maioria simples dos presentes aprovar o parecer, há um prazo de até 48 horas para que a acusação apresente o chamado libelo acusatório, e outras 48 horas para que a defesa de Dilma se pronuncie. Depois o julgamento final tem de ocorrer em até dez dias. Ou seja, mantido o plano, senadores avaliam que Dilma deve ser julgada a partir da semana do dia 22 de agosto - nesta etapa, são necessários ao menos 54 votos para a petista ser afastada definitivamente.
De acordo com o calendário, Dilma poderá depor no dia 6 de julho na comissão, e não dia 5, como havia dito anteriormente o presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB). Ela não é obrigada a comparecer. O advogado da petista, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, disse que ainda está em análise qual caminho será adotado.
Veja abaixo o novo calendário:
27 de junho - Entrega do laudo da perícia
28 de junho - Pedido de esclarecimentos dos laudos pelas partes (72 horas para esclarecimentos)
06 de julho - Depoimento da denunciada (Dilma)
07 a 12 de julho - Alegação final da acusação
13 a 27 de julho - Alegações finais da defesa
28 de julho a 1º de agosto - Elaboração do parecer
02 de agosto - Leitura do parecer e vista coletiva
03 de agosto - Discussão do parecer na comissão
04 de agosto - Votação do parecer na comissão
05 de agosto - Leitura do parecer em plenário
09 de agosto - Discussão e votação do parecer no plenário
> Depois há um intervalo mínimo de dez dias para o julgamento final ser marcado