Folha de S. Paulo


Delator da Lava Jato, Youssef deixará a prisão quatro meses antes do previsto

Pedro Ladeira - 25.ago.2015/Folhapress
O doleiro Alberto Youssef, durante acareação na CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados, em 2015
O doleiro Alberto Youssef, durante acareação na CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados, em 2015

O doleiro Alberto Yousseff, preso desde o início de 2014 e segundo investigado da Lava Jato a fechar acordo de delação premiada com os procuradores da operação, deixará a prisão quatro meses antes do previsto.

Segundo as contas de Antonio Figueiredo Basto, advogado de Youssef, ele deve deixar a Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, no dia 17 de novembro e não mais em março de 2017.

A diminuição da pena é resultado de um aditamento ao acordo de delação de Youssef que foi homologado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki. "Foi feito um aditamento devido à efetividade da colaboração de Youssef, essencial para o avanço da operação", disse o criminalista.

Ao sair da prisão, o doleiro ficará quatro meses em prisão domiciliar e depois progredirá para o regime aberto. Antes de fechar a negociação com os procuradores, as condenações de Alberto Youssef na Lava Jato somariam mais de 120 anos de prisão.

Inicialmente, foi negociado que a pena do doleiro seria de três anos. No curso da Lava Jato, ela foi reduzida a três anos e depois passou por uma nova diminuição, para dois anos e oito meses. Figueiredo Basto afirma que o acerto para que seu cliente saísse em novembro aconteceu há cerca de um ano.


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