Folha de S. Paulo


Novo ministro da Justiça diz que vai manter chefe da Polícia Federal

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 15-04-2016 11h21: O Secretario estadual da Seguranca Publica alexandre de Moraes, na sede da Gavioes da Fiel comandou a operacao de busca e apreencao e ate dinheiro foi apreendido e falou rapidamente com a Imprensa. ( Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress, FSP ESPORTE ) ***RESTRICAO***
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, quando ainda era Secretário de Segurança Pública de SP

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que pretende manter no cargo o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Os dois se reuniram nesta sexta-feira (13) em Brasília.

Questionado se Daiello será mantido no cargo, Moraes respondeu à Folha: "Será. Já marcamos reunião com toda a equipe na segunda-feira."

"A reunião [dessa sexta-feira (13)] foi muito boa. Somos amigos desde a época em que ele era superintendente da Polícia Federal em São Paulo", disse o ministro.

Chefe da PF desde 2010, Daiello é uma das pessoas à frente da Operação Lava Jato. Em seu primeiro discurso, Michel Temer defendeu que a operação não sofra interferências que possam enfraquecê-la.

"A moral pública será permanentemente buscada por meio dos instrumentos de controle", disse Temer. "A Operação Lava Jato tornou-se referência e, como tal, deve ter seguimento e proteção contra qualquer interferência que possa enfraquecê-la", afirmou o presidente interino.

As conexões da crise

O antecessor de Moraes no cargo, Eugênio Aragão, havia declarado à Folha em março que em caso de vazamento de informações em uma investigação, a equipe inteira da PF que estivesse envolvida seria trocada. "Não preciso ter prova", disse à época.

Ele também havia classificado como "extorsão" o método com que as delações premiadas são negociadas na Lava Jato.


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