O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que pretende manter no cargo o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Os dois se reuniram nesta sexta-feira (13) em Brasília.
Questionado se Daiello será mantido no cargo, Moraes respondeu à Folha: "Será. Já marcamos reunião com toda a equipe na segunda-feira."
"A reunião [dessa sexta-feira (13)] foi muito boa. Somos amigos desde a época em que ele era superintendente da Polícia Federal em São Paulo", disse o ministro.
Chefe da PF desde 2010, Daiello é uma das pessoas à frente da Operação Lava Jato. Em seu primeiro discurso, Michel Temer defendeu que a operação não sofra interferências que possam enfraquecê-la.
"A moral pública será permanentemente buscada por meio dos instrumentos de controle", disse Temer. "A Operação Lava Jato tornou-se referência e, como tal, deve ter seguimento e proteção contra qualquer interferência que possa enfraquecê-la", afirmou o presidente interino.
O antecessor de Moraes no cargo, Eugênio Aragão, havia declarado à Folha em março que em caso de vazamento de informações em uma investigação, a equipe inteira da PF que estivesse envolvida seria trocada. "Não preciso ter prova", disse à época.
Ele também havia classificado como "extorsão" o método com que as delações premiadas são negociadas na Lava Jato.